A Justiça condenou o policial militar Paulo César Mendes da Silva a 26 anos pela acusação de participar de um latrocínio (roubo seguido de morte) em que a vítima foi o soldado da PM Euzébio José Alves Scopel, durante assalto a um posto de combustível, na cidade de Fundão, na noite de 20 de maio de 2011. Junto com o PM Paulo César, foi condenado também seu amigo João de Oliveira Silva Filho, com a mesma pena. Os dois, que se encontram presos, foram condenados a regime fechado.
A sentença foi dada pela juíza Priscila de Castro Murad, da Vara Única da Comarca de Fundão, no dia 30 de abril. O PM Scopel foi assassinado com um tiro na cabeça. A magistrada condenou o PM Paulo César a perda da função pública.
De acordo com denúncia do Ministério Público, nos autos do processo nº 059.11.000941-8, Paulo César e João de Oliveira, no dia 20 de maio de 2011, por volta das 21h30, no bairro Cesquini, em Fundão, “agindo em coautoria, caracterizada pelo vínculo subjetivo e unidade de desígnios para a consecução do fim comum, mediante grave ameaça, pelo emprego de arma de fogo e, com restrição da liberdade das vítimas, subtraíram para o proveito de ambos, um celular e um veículo Corsa, marca Chevrolet, modelo Classic, ano 2011”.
Na sentença, a juíza Priscila de Castro Murad relata que consta ainda na denúncia que, “no mesmo contexto fático”, após o roubo do veículo, o policial Paulo César e seu parceiro João foram para o ‘Posto Gentil’, à margem da BR-101 Norte, no centro de Fundão, e, mediante grave ameaça, pelo emprego de arma de fogo, e, com restrição da liberdade de duas vítimas e a morte do soldado Euzébio José Alves Scopel, roubaram mais dois celulares, uma arma de fogo e o montante aproximado de R$ 600,00.
No posto de combustível, o PM Paulo César se encarregou de abordar os frentistas que se dirigiram ao veículo para procederem ao atendimento, tendo levado as vítimas para o banheiro do estabelecimento comercial e os prendido.
Já o outro denunciado, João de Oliveira, foi na direção do policial Euzébio Scopel – que, sem suas horas de folga, fazia segurança particular para o posto de posto de gasolina –, que estava sentado em uma cadeira na frente do escritório. Foi João, conforme ele próprio confessou em Juízo, que deu o tiro na cabeça do soldado Scopel.
Assessoria de Comunicação do TJES
06 de Maio de 2013